Reitoria discute as principais demandas do Campus USP de Lorena
Jornal da USP, por Erica Yamamoto:
https://jornal.usp.br/?p=586146
A edição do programa Reitoria no Campus em Lorena, promovida no dia 22 de novembro, começou em clima de festa, com a inauguração do Anfiteatro da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), local onde o próprio evento foi realizado.
Lorena foi a oitava região a sediar o programa Reitoria no Campus, em que representantes da Administração Central passam o dia em um dos sete campi da USP – Bauru, Lorena, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto, São Carlos e na capital – para se encontrar com representantes da comunidade local e estimular o diálogo na Universidade.
Carlos Gilberto Carlotti Junior – Foto: Marcos Santos/USP Imagens
A ideia é que, com uma maior interação entre a Reitoria e os diferentes segmentos da comunidade acadêmica, temas relacionados a cada campus possam ser discutidos com maior efetividade, debatendo propostas, formulando soluções e tornando a gestão mais integrada, descentralizada e participativa.
“Nosso objetivo é aproximar os campi da Administração Central, entender melhor as demandas e as particularidades de cada região. As unidades mais jovens da USP, como é o caso da Escola de Engenharia de Lorena, têm necessidades diferentes das unidades já estabelecidas, e essas particularidades precisam ser levadas em consideração e estar inseridas no planejamento geral da Universidade. Essa é uma reunião de trabalho, queremos conhecer as solicitações e propor soluções”, explicou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Maria Arminda do Nascimento Arruda – Foto Marcos Santos/USP Imagens
A vice-reitora Maria Arminda do Nascimento Arruda fez questão de saudar o ex-diretor da Escola, Nei Fernandes de Oliveira Junior, que participou da reunião e ressaltou o fato de a escola ser, agora, 100% USP. “O professor Nei foi o responsável pelo processo de transição da antiga Famenquil para a USP e é muito bonito constatar o quanto esse campus que, já tinha uma trajetória de excelência, foi se transformando em uma Unidade da USP. Este é um momento de reflexão da Unidade e projeção do que a Unidade quer em relação ao futuro, uma proposta de futuro. Esperamos que a EEL seja um polo tecnológico altamente desenvolvido, que engrandecerá não só a Universidade, mas o Brasil”, afirmou a vice-reitora.
Um jovem campus em construção
As questões levantadas pela comunidade foram divididas em blocos: contratação de docentes e de servidores técnicos e administrativos, Colégio Técnico de Lorena (Cotel), infraestrutura e benefício de saúde.
O diretor da escola, Silvio Silvério da Silva, ressaltou que a EEL tem uma característica que a difere das demais, o fato de ainda ter servidores ligados ao quadro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico – cerca de 80% do total de servidores técnicos e administrativos –, o que impede que a reposição dos cargos seja feita de forma imediata. A EEL foi criada como Faculdade Municipal de Engenharia Química de Lorena (Famenquil), em 1969, e foi incorporada como Faenquil à USP em 2006. Os servidores ligados à Faenquil fazem parte do quadro em extinção da SDE.
Quanto à questão da contratação de novos docentes, o diretor lembrou que há necessidade de ampliação do quadro em função da criação de três novos cursos, com total de 120 vagas, em 2011 – Engenharia Física, Engenharia Ambiental e Engenharia de Produção –, e que os cargos docentes não foram concedidos em quantidade suficiente.
O reitor assegurou que essa reposição será feita, já que o Conselho Universitário aprovou a contratação de 870 novos docentes para os próximos anos. “Se soubermos utilizar essas vagas, podemos renovar a Universidade, deixando-a mais jovem e ativa. Eu vejo um grande potencial de pesquisa em Lorena, com uma maior interação com outras Unidades da USP e a possibilidade de implantar uma unidade Embrapii. É preciso pensar na EEL cada vez mais forte, com uma inserção maior dentro da Universidade, explorando áreas como meio ambiente, química e energia renovável.”
Carlotti também reforçou que o campus de Lorena é uma das possibilidades de escolha de migração dos cerca de 80 servidores do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC) que não aderiram ao Hospital das Clínicas de Bauru.
Outra peculiaridade do campus é abrigar o Colégio Técnico de Lorena (Cotel), que oferece o curso técnico de Química, em nível de ensino médio, à comunidade.
O reitor e a vice-reitora também conversaram com alunos de graduação e de pós-graduação. Dentre os temas discutidos está a necessidade de contratação de docentes e servidores técnicos e administrativos. Carlotti comentou que a EEL recebeu seis novas vagas para contratação de docentes a partir de 2023. Segurança no campus e funcionamento do restaurante universitário foram outras questões apresentadas.
Reitoria no Campus
O lançamento do programa Reitoria no Campus aconteceu em São Carlos, no dia 27 de maio. Também foram realizadas reuniões em Ribeirão Preto, em Pirassununga, na Área Capital-Leste, no Quadrilátero Saúde-Direito, na Capital e em Bauru. O próximo encontro será realizado no campus de Piracicaba, no dia 1º de dezembro.
As reuniões em cada um dos campi devem acontecer pelo menos uma vez por ano e a organização conta com a participação do Conselho Gestor e da Prefeitura do Campus USP local.